ABI

Nesta páginas podes encontrar:

  1. Exemplos dos tipos de cómico, registos de língua e recursos expressivos por cena (ou quase: excluiu-se a cena inicial e a última).
  2. Documentos com as respostas às questões analisadas nas aulas. Os documentos foram criados segundo a perspectiva de análise do manual Diálogos 9, referindo-se o número das páginas ao mesmo. Aqui também um resumo da cena.
  3. Algumas questões do caderninho “Chegar a bom porto…” e outras que se forem acautelando. Todas ao estilo da Prova Final.
  4. Outros recursos (outros materiais sobre o Auto da Barca do Inferno.

NOTA: a página foi dividida. Mantém-se, para já os documentos que reúnem estes três tópicos

A. Questionário do manual;

B. Processos cómicos;

C. Recursos expressivos;

D. Registos de língua;

E. Mito de Caronte.Downsystem.Org (62)

 

Podes ver aqui o conjunto desta informação em formato word (DOCUMENTO).

E aplicado às personagens do ABI AQUI.

 

 

7 opiniões sobre “ABI

    1. Os questionários são do manual Diálogos, 9.
      Caso haja mesmo necessidade posso colocá-los, mas se for urgente não sei se consigo!
      […]
      No final da tabela já há uma ligação para as páginas que contém os questionários. Poderá seguir também este caminho (AQUI)

      1. Peço desculpa pelo engano, mas o que queria pedir era as respostas ao questionários visto que algumas estão indisponíveis

  1. Olá, estou a ajudar um familiar a estudar a Barca e existiu uma dúvida em relação ao Parvo, pois vejo duas versões do destino desta personagem. Uns dizem que fica no cais, outros que fica no cais e depois entra com os 4 cavaleiros. Na peça o Anjo diz que ele terá o céu se quiser, mas para esperar no cais por outras personagens que entrem na barca. Isso acontece com a chegada dos 4 cavaleiros. Mas na didascália final diz apenas que entram no barco não especificando se isto incluí ou não o dito parvo. Vi algumas peças e o Parvo costuma entrar na barca e foi assim que interpretei, mas não quero dar informações erradas. Pode me confirmar esta questão?
    Em caso de dúvida vou dizer para colocar que o Parvo fica, a mando do Anjo, no cais à espera de outros.

    1. Opto que fazer entrar o Parvo na barca do Anjo juntamente com os 4 Cavaleiros. Oportunamente dou resposta mais detalhada.

      —x—

      A tempo:

      Os textos de Gil Vicente que conhecemos hoje são, maioritariamente, fruto da compilação feita pelos filhos, principalmente Paula Vicente. O Dramaturgo, somando várias funções na apresentação pública dos seus autos e farsas (desde autor, encenador, ator, e outros), não estaria muito preocupado em registar todas as didascálias, mas apenas o essencial. Creio que quem compilou os textos também não poderia acrescentar demasiadas didascálias. Aliás, com uma análise mais rigorosa ao assunto, facilmente se verifica que o Auto da Barca do Inferno não apresenta algumas didascálias, percebendo-se as mesmas pelas falas das personagens.
      Assim, se o anjo indica ao Parvo que fique à espera que chegue mais alguém, é por aí que deveremos interpretar a intenção de Gil Vicente: fazer embarcar quem não teve responsabilidade na malícia dos atos, o que de resto vai de encontro à moral cristã: Bem-aventurados os pobres de espírito porque deles é o reino dos céus.
      Devemos, contudo, perceber a situação numa outra perspetiva: o Auto da Barca do Inferno pretende corrigir, ou pelos menos fazer pensar, os problemas da sociedade da época, fazendo-o de forma cómica, provocando o riso (a máxima usada seria: “ridendo castigat mores”). Neste sentido, o fato de o Parvo permanecer em cena depois do seu “pseudojulgamento” serve mais para que Gil Vicente tenha um personagem a dizer o que outros não poderiam dizer, acusando alguns tipos que se lhe seguem como o Frade, o Corregedor, o Judeu… Esta situação não poderia ficar a cargo do Anjo (que deve manter uma postura de acordo com o seu estado angelical), nem do Diabo (que teria de aproveitar os defeitos das personagens, não condená-los).

      Uma última nota: tal como no tempo de Gil Vicente, nem sempre a representação atual da peça corresponde ao escrito. A atualização das situações obriga a alterações, os custos com atores também. Mas não serão essas alterações a apoucar o virtuosismos da obra vicentina. Assim, se numa representação o Parvo não entrar na Barca do Anjo, não levemos a mal.

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